quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

E.C. SAPUCAIA - TAÍ O GRANDE CAMPEÃO


O clube surgiu depois que o Progresso Futebol Clube e o Brasil, ambos os times de trabalhadores da usina Sapucaia, se juntaram para formar um só clube, que representaria a localidade que se distância 15 km do centro de Campos, nos campeonatos que existiam na cidade.
A reunião de fundação do novo clube ocorreu no pátio da própria usina e dela participaram John Julius, Max Polley, José Pedruca, Antônio Miguel Andrade, Didi Pinheiro Machado, Wilson Isaltino, Leandro Barbosa, Touquinha e Adauto Pacheco.
O primeiro jogo foi contra o Paraíso e terminou com empate em 1 x 1.
A diretoria procurou o industrial Francisco Jacob Gayoso y Almendra, o Dr. “Chico”, como era chamado por muitos dentro da usina, para pedir colaboração para o novo clube, que de imediato seria prontificado, mas com uma exigência:
“Que as cores do time fossem vermelha e preta, como as do Flamengo”, sendo assim, o antigo uniforme verde, vermelho e branco foram logo abandonados.
O Sapucaia chegou a ser o clube campista que mais gastou com o futebol, contratando reforços que transformou o clube no que o jornalista Péris Ribeiro chamou, um dia, de “Academia de Futebol”.
Apesar de ter sido fundado em 18 de dezembro de1938, somente a partir de 1961 é que se filiou à Liga, para então começar a disputar campeonatos oficiais, vencendo o campeonato de acesso em 1969, ainda tricolor.
O Sapucaia viveu a sua fase áurea na década de 70, quando o clube passou a disputar o campeonato campista contra as melhores equipes da cidade e nesse mesmo período aconteceu o apogeu do time, na conquista do campeonato do Estado do Rio, em cima do Americano, no campo do Goytacaz, com a arbitragem de Arnaldo César Coelho, atualmente comentarista da rede Globo de televisão.
O Jornal A Notícia do dia seguinte, dia 13 de maio de 1974, em página inteira na seção de esportes estampava a manchete “Taí o campeão, o Sapucaia foi um verdadeiro barato”. A equipe venceu o Americano na partida final por 4 x 2, era composta por Roque, Danilo Pastor, Paulo Lumumba, Roberto Madeira e Albérico, Osvaldo, Amaritinho, Betinho e Gonzaga, Walmir e Alcir.
Também participaram da campanha vitoriosa do rubro negro naquele ano: Tuiú, Joaquim, Joélio, Folha, Pedro, Edmilson, René, Toninho e Vicente.
O declínio do clube ocorreu com a saída do Dr. Chico e do Dr. Alaor Lamartine de Castro para colaborar com o Americano, que disputaria o campeonato nacional de 75. Hoje apenas “peladas” acontecem no campo, onde um dia desfilaram os maiores jogadores do futebol campista.

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