quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

C.E. RIO BRANCO - O ROSÃO DA RUA 7, AGORA É DE GUARUS



Fundado em 05 de novembro de 1912, com o nome de Rio Branco Futebol Clube, na Praça da República, onde se localizava a residência do jornalista Cruz Saldanha, perto do colégio XV de novembro por Celso Cardoso Linhares, Custódio Barroso dos Santos, Fausto Apady da Cruz Saldanha, Manoel Landim, Brasil Castilho Leão, José Landim e Gladstone Melo.
Os fundadores tinham a faixa etária de 13 a 15 anos, o que levou Yayá Linhares, irmã de Celso, a sugerir que a cor do clube fosse rosa, devido à coloração das bochechas dos meninos. A sugestão foi aceita de imediato e as cores oficiais escolhidas foram o rosa e o preto, esta devido ao luto pela morte recente (fevereiro de 1912) do estadista brasileiro José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, responsável pela consolidação dos limites territoriais do Brasil e que era o homenageado pelos garotos no nome do novo clube.
O primeiro jogo foi contra o Democrata, em 24 de janeiro de 1913, e o time róseo negro saiu vitorioso com o placar final de 2 x 0, quando fez estréia do uniforme doado pelo advogado Pedro Landim.
O grande orgulho dos desportistas e torcedores rio-branquenses foram as constantes lutas para ter a sua praça de esportes.
A primeira sede foi na Rua Sacramento nº. 91 e o campo na rua Dr. Siqueira, passando logo em seguida para a Rua das Minhocas, hoje Espírito Santo.
Após a extinção do Itatiaia, clube oriundo do próprio Rio Branco, este ficou com a sua praça esportiva, localizada na Rua do Gasômetro, ou Rua do Gás, atual dos Goytacazes, se transferindo, depois, para a avenida Sete de Setembro número 140, onde se localizou o Estádio Constantino Escocard.
Em sua nova sede o Clube Esportivo Rio Branco conquistou seus maiores títulos, tanto no futebol, como no vôlei e basquete. Esse terreno foi comprado ao senhor Meneses dos Santos, na gestão do presidente Mario Veloso por trinta contos de reis, dinheiro doado por torcedores, dirigentes e até mesmo atletas, estes venderam inclusive as medalhas de ouro, ganhas pela conquista do Campeonato Campista de 1928, para ajudar o clube na aquisição do terreno. O senhor Santos não pode jamais ser esquecido na historia do Rio Branco, pois este nunca apertou o clube na cobrança dos alugueis atrasados e, mais tarde, seu filho Chaquib se tornaria goleiro do time e mais tarde o seu presidente.
Em 6 de janeiro de 1978, na gestão do presidente Clóvis Expedito Arenari, a sede da Avenida Sete foi vendida para se construir um condomínio residencial e, com o dinheiro apurado, deu para comprar um terreno com metragem seis vezes maior, no bairro do Calabouço, em Guarus. Em 14 de outubro de 1984, uma parte do terreno foi cedida ao Governo do Estado, na gestão do então Governador Leonel de Moura Brizola, para a construção de um Centro Integrado de Educação Pública, o CIEP, que leva o nome do clube e do bairro novo, que surgia nas imediações, o Parque Barão do Rio Branco.
A mascote do time foi adotada na década de 70 e foi escolhida a Pantera Cor de Rosa.
O clube tem uma curiosidade que é de seu seio que saiu a miss campos de 1959, a Srta. Edith Arenari, filha do então presidente Clóvis. Foi a única vez que a miss Campos seria oriunda de um clube de futebol.
O Rio Branco foi a primeira equipe de Campos a disputar uma competição nacional, a Taça Brasil de 1961, sendo eliminado somente na fase de quartas de final, pelo Cruzeiro de Belo Horizonte. Após o empate sem gols em Campos, veio a derrota para os mineiros no estádio Independência por 1 x 0 e a eliminação da competição.
Detentor de um recorde até hoje não batido, o Rio Branco ficou 53 partidas invictas em 1977.
O Rio Branco fez história também com suas equipes de vôlei, futebol de salão, futebol feminino e basquete. No futebol, foi vencedor 8 títulos campistas (sendo os títulos de 1962 e 1963, considerados como títulos estaduais, junto com o Fonseca de Niterói, já que a Federação Fluminense estava com seu departamento de futebol profissional desativado), duas Taças Cidade de Campos, troféu Julião Nogueira e, ainda, conquistou por duas vezes o Campeonato Carioca da terceira divisão, em 1984 e em 2001.
Esta última conquista foi no ano em que retornou às disputas, pois, devido a grande crise financeira, o clube se licenciou da federação Estadual de Futebol (FERJ) em 1987, deixando por 14 longos anos sua torcida órfã.
O Rio Branco conquistou no ano de 2003, o título brasileiro de juniores, mostrando que o róseo negro vem com tudo para o resgate de sua brilhante história.
O grande jogador Didi, titular absoluto por mais de dez anos da Seleção Brasileira, bi-campeão do mundo, saiu do Clube Esportivo Rio Branco e teve uma brilhante carreira em vários clubes do futebol mundial, como jogador e como técnico.
Outros grandes jogadores marcaram época no Rio Branco, nomes como os de: Grain, José Germano, Floriano Quitete, Hélvio Bacelar, Abraão, Carino Quitete, Alcimaro, Mario Ramos, Mário Jobel, Genaro Cardoso, Nodge, Gazeta, Aires, Ari Sá, Lili, Piré, Décio, Eleacir, Dodô Ferreira, Joel, Tutuca, Paulo Sardinha.
O Rio Branco possuía um hino cantado por todos e composto por Hélvio Santafé, na década de 40, quando o mesmo ainda era atleta do infantil do clube. Mas mesmo assim o então presidente Clóvis Expedito Arenari resolveu contratar um músico para fazer outro hino para o clube, que assim ficou com os dois.
O primeiro é o encomendado pelo presidente Arenari: Sou Rio Branco / Um clube que tem glória e tradição / A camisa róseo negra / brilhando no gramado é uma grande emoção / Foi em 1912 que ocorreu a sua fundação / Rio Branco, Rio Branco, Rio Branco, está no coração/ Tem o seu nome na história / de Campos foi o primeiro / Que teve a honra de participar / do campeonato brasileiro/ com sua torcida fiel e de garra / Que torce com grande fervor / O Rio Branco sempre mostra nos esportes / sua garra, seu talento e seu fervor.
Esse agora é o mais cantado e foi composto por Hélvio Santafé: Rosa, Rosa, Rosa, Negro, negro, negro/ Essas são as cores de nosso pavilhão/ Tudo pelo clube/ Rio Branco tu é o Campeão/ O Rio Branco sempre na vanguarda/ seus jogadores são todos camaradas/ adversário fica jururu/ e a nossa torcida sempre pede/ mais um, um, um.
Carino de Barros Quitete, Clóvis Expedito Arenari, Pedro Togneri, Dr. Paulo Sérgio dos Santos Machado, foram alguns de seus presidentes, sendo o atual o Edson Moreira Reis.
O Rio Branco mantém um sério trabalho nas categorias de base, um belo terreno, projeto para a construção de seu estádio, uma sólida parceria com a Prefeitura de Campos e está cravado em uma área populosa e carente e tem o clube a missão esportiva e social de formar jogadores, torcedores e principalmente homens de bem.

4 comentários:

  1. O Rio Branco infelizmente não conquistou dois títulos estaduais, mas apenas um.

    Tampouco foi dividido com o Fonseca.

    Em 1962, o Rio Branco venceu o Fonseca (ambos eram campeões profissionais de 61) duas vezes e conquistou o título estadual, classificando-se para a Taça Brasil.

    Em 1963, contudo, o Fonseca foi à forra e derrotou o róseo-negro em Campos, e foi o campeão estadual, classificando-se para a Taça Brasil.

    O Rio Branco tinha total confiança no bicampeonato estadual e o clima de festa foi meio exagerado. O clube acabou perdendo, e em algum ponto do tempo começaram a falar que o clube era sim campeão. Mas não foi.

    Os resultados e notícias eu mesmo conferi nos jornais e publiquei na rsssfbrasil.com, onde trabalho.

    abs e belo trabalho!

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  2. joguei no time campeão de 1984,hoje moro em são paulo queria saber se tem alguma foto daquela época agente morava na rua do campo do ypiranga e treinava la tambem.
    um abraço a todos torcedores e diretoria.
    wilson de oliveira costa.
    me chamavam de Wilsinho.

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  3. Gostaria que vcs postassem fotos da época em que jogaram Mário Jobel e Célio de Castro Cardoso, meus avô e pai respectivamente.

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  4. queria saber mais sobre a historia de um jogador do clube (edalmo)

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